segunda-feira, novembro 11, 2013

CELEBRAÇÕES

MULHERES NO LEGISLATIVO, 7 ANOS DE LEI MARIA DA PENHA, DIA INTERNACIONAL DE ENFRENTAMENTO DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER. SECRETARIA DA MULHER DE PE E COORDENADORIA DA MULHER DE GARANHUNS NA CÂMARA MUNICIPAL
 
Performance Literária "O Desapego do Bolo e do Vestido de Noiva"
Foto: Júlia Beatriz Maracajá
 
 
Em 8 de novembro, quinta-feira passada, a Coordenadoria da Mulher de Garanhuns realizou evento na Câmara Municipal para celebrar as Mulheres no Legislativo, os Sete Anos da Lei Maria da Penha e o Dia Internacional de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher. E eu estive lá em comemoração a tudo isso.
 
Agora declaro aqui, em meu registro, como repercutiu isso tudo em mim.
 
***
 
Eu teria ido apenas como cidadã, pelo convite feito à população de Garanhuns. Teria ido ainda que não naturalizada Garanhuense, como residente que sou da cidade que escolhi para viver. Teria ido para assistir o discurso irrepreensível, veemente e feminista da Secretária Estadual da Mulher de Pernambuco, Cristina Buarque. Teria ido para prestigiar a Coordenadoria da Mulher, pelo trabalho incansavelmente empenhado para as Mulheres do Agreste Meridional.  Mas, explicarei mais adiante do porquê de minha presença no evento, além de tudo isso.
 
Quando a Eliane Simões, Coordenadora da Mulher de Garanhuns, convidou-me para realizar a performance  do Desapego... no plenário da Câmara, perguntei-lhe: "É pra fazê-la toda?" Minha preocupação consistia em levá-la até o fim quebrando todo o protocolo da Casa. Sim. Uma emoção enorme tomou conta de mim. Por inúmeros motivos tão ligados à causa feminista com a qual aprendi a lutar pelo meu espaço, direito e minha arte. A Coordenadoria da Mulher de Garanhuns, além de homenagear as Legisladoras Municipais e a Excelentíssima Secretária Cristina Buarque, foi mais além, ousou colocando uma linguagem tão contemporânea quanto engajada dentro da Casa Legislativa e com isso me presenteou.  
 
Presenteou-me porque somado a todos os motivos acima, eu fui pois precisava dar o meu grito, o meu de Márcia Maracajá, o de Noemia, o de Amélia, e o das mulheres que estão por trás do texto que me inspiraram a escrevê-lo, a colocá-las nele, a persistir nesse grito que não intenciona uma fotografia e uma réplica narcisista nas primeiras páginas de mídias impressas ou eletrônicas, mas sim deixar que o texto ecoe nas mulheres e nos homens que puderam assisti-lo.
 
Sempre me esquivei da política partidária ( quando solicitada a atuar nela a convite de conhecidos ) por acreditar que não fazia parte do contexto político, que minha praia sempre esteve ligada à educação, à poesia, e tenho consciência dessa intimidade que me une nesse encontro lindo com a literatura e a performance. Por isso estudo o assunto, dedico-me em corpo a tal trabalho. Mas as vozes, os ecos não cessam. E faço deles um grito. Um grito que não é mascarado, nem mercadoria. E nem todos hão de entender. E muitos irão criticar. Contudo,  a resposta  a tudo isso tem sido tão preciosa, tão particular e única, que eu só tenho a agradecer.  Tenho a agradecer, publicamente, a duas mulheres que fizeram com que essas vozes fossem ouvidas: Eliane Simões e Marizi Pereira, cada qual com  sua importância e sua identidade própria. 
 
Agradecer por aquela tarde, na Ferreira Costa, que enquanto ouvia a Coordenadora da Mulher de Paulista -PE, Bianca Pinho Alves falar sobre nós mulheres, cidadãs políticas, eu senti um frio na espinha e tive ali, só ali, a consciência real de que minha poesia é política sim e assume essa postura que todas nós mulheres devemos ter ao lutar por direitos e dignidade.  Agradecer ainda pela oportunidade de ouvir  de Cristina Buarque  o que representa o Desapego, este invisibilizado por outras mulheres, outros artistas, e preciso confessar que ouvir dela o que foi dito me encorajou mais e me empoderou muito mais a seguir, a continuar, a acreditar que estou no caminho certo.

 
Quanto crescimento nessa aprendizagem vivida na prática e no exercício da poesia, do corpo a corpo, desse feminismo que não sai de mim e que me distancia e aproxima de uma infinidade de pessoas, no fim resultando na constatação infalível de que tem valido a pena e de que estarei aonde a poesia me levar, tão certa disso que tatuei o verso em mim...  e assim será.
 
Minha eterna gratidão. 

 
 By Myrna Maracajá
  
 By Myrna Maracajá
 

By Myrna Maracajá

By Gislayne Nascimento
 
 
Moema Tenório Moura Galvão, a você, por toda sua coragem,  por todo o seu compartilhar, sua amizade e incentivo. 
 
SOMOS LIVRES !
 
 


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