AFORISMOS

NÃO ACEITE nada menos que o seu valor. Nada menos.
Não aceite a invisibilidade oportuna ou o papel de cartão de visita.
Não aceite os elogios maquiados, escondendo a infidelidade que lhe coloca num lugar vil e desconhecido que você e não escolheu.
Não aceite nada mais que o seu valor. Aparentes ajudas oferecidas podem ser uma sutil forma de desencargo de consciência, ou prevenção para evitar futuros julgamentos e críticas.
Digne-se a suportar qualquer peso. QUALQUER PESO. Qualquer "solidãozinha". Mas antes seja e esteja para você, por inteiro, livre de falsos amores, pois o amor próprio deve ser o primeiro a ocupar lugar em sua vida.
Não aceite menos.
Eu não aceito. 


Recife, 12 de setembro de 2017

A POESIA TEM DE METRALHAR A MENTE DE TODO BRASILEIRO.

Recife, 19 de agosto de 2017


Claro que o desapego dói. Mas, e daí? Também dói ser ignorada. Também dói as respostas do silêncio.
Também dói o que nos diz o tempo. E ele também cura.
Desapego é isso. Dor, tempo e cura.
 

Recife, 06 de agosto de 2017

No amor, permitir-se é libertação.

Recife, 19 de julho de 2017

Hoje aceito gratamente todos os meus vazios.

Recife, 18 de julho de 2017

A revolta me vem com força de poesia

Recife, 13 de julho de 2017


(deixando de ser aforismo)

TODOS FOMOS CONTAMINADOS PELO MACHISMO. Nos ensinaram(e ainda nos ensinam,doutrinam,formam,deformam) a ser machistas, até mesmo as mulheres. As mulheres perpetuam o machismo, foram programadas pelo machismo a serem rivais entre si, a servirem aos homens como gueixas enganando-se serem suas donas, e pensar diferente disso é transgredir a ordem, é assumir deliberadamente os pejorativos que aprendemos a lançar contra nossas iguais - incapazes que somos de nos perceber iguais estando a serviço de um sistema, vivendo no conforto da sociedade machista, de ter qualquer grau de empatia com as mulheres que se rebelam contra essa ordem. Sim, é um sistema. E quem sai dele sofre muitas represálias, em variados graus e formas. Mas sem resistência, sem feminismo consciente, não o febril e da boca pra fora, mas sim o feminismo que marca nossa pele no toque e nos toma a alma em sentimento, com sororidade, a gente não equilibra esse mundo tão desajustado. 

Recife, 08/07/2017


Eu sou feita de desapegos.

Recife, 09/12/2016


Há muitos movimentos se manifestando enquanto dentro de nós muito se quer movimentar. 
O corpo enrigece ou flexiona-se.
Tudo dependerá de nossa percepção.
EU ESCOLHI NÃO SOFRER, MAS SENTIR LEVEMENTE... 


Recife, 26/08/2016


Do que fazem com a educação... eu só penso em me libertar de tudo isso... e nessas horas só a arte pulsa em mim...

Recife, 08/7/16
 

E tudo se converte em poesia...

Recife, 12/6/16



Uma coisa é uma coisa
Outra coisa é outra coisa
As duas coisas quase sempre se completam
Nenhuma delas é a mesma coisa


Prazer, esta coisa sou eu !


( Sobre a confusão de não me entenderem assim, eu, inteiramente em mim. Recife, 24/4/16)




ELABORAR uma avaliação pra mim é o mesmo que parir um poema.
É semelhante ao cuidado com o filho.
É reviver os olhos e ouvidos atentos dos alunos. 
É capturar o sorriso e a expressão boquiaberta dos desprevenidos.
Criar, assim, faz todo sentido porque mexe com os sentidos meus.
Desse modo, deixo-me tocar pelos aprendizes e reconheço-me também aprendente.

( No processo do ensino das Artes. Recife, 28/3/16)


Me parece, então, que de onde me encontro, a poesia não está neste lugar em que a colocam, no qual eu não posso senti-la.

A poesia está mesmo aqui, dentro de mim...


( resposta a um convite de amigo para  "evento" literário no badalado  centro de compras do momento, da capital pernambucana. Recife, 13/3/16)



Não conheço todos os poemas e poetas do mundo, mas tenho uma certeza sobre todos eles: quando a poesia da mulher é invisibilizada desconfio demais dos homens.

(A respeito da lista dos 10 maiores poemas divulgada pela Revista Bula)
Recife, 14 de janeiro de 2016.



Eu percorro a cidade do Recife, desde a minha partida e regresso, vejo prédios em completo abandono. Uma cidade fantasma em alguns pontos onde o monstro do capitalismo alimenta o seu império...

(Sobre o descaso da gestão municipal do Recife com relação à manutenção e aproveitamento da arquitetura da cidade, maquinando o uso dos espaços que seriam de uso público para o lucro com o privado. Recife, 30/12/15)



  
Tem uma coisa em mim pulsando
Não é poesia, mas ela a poesia grita
Não é sobre educação, porém nossa prática não deve apartá-la
Faz parte de minha essência
E nesse processo de estranhamento-reconhecimento-angústia-negação-adaptação-acomodação--a--cei--ta--ção as palavras vão brotando como olhos-d'água com os quais me deparei tantas e tantas vezes em encontro com o meu sagrado feminino
Mas também não é isso a coisa
Nem eu sei bem direito o que é
Só sinto...

Recife, 14/12/15

M. M.




O silêncio é um presente.

Recife, 12/12/15

M. M.




Toda missão agora será desdobramento destas: diminuir a bagagem física. Levar o mais leve da vida na alma. 


Recife, 20/11/15

M.M. 



Toda vez que vou pro trabalho de corpo ouso a conhecer minhas densidades pra me fazer mais leve.
Processo físico. Processo psíquico. Processo corporal. Conexão das partes estripadas de mim pelo sistema. Pelas instituições. Pelas tensões sociais instauradas.
Um continuum se inscreve no meu corpo acordado.

( Finalização da Oficina Performance em Cena, Teatro de Fronteira Recife, 29/10/15 )

M.M.



Arrisco em dizer que A PIOR miséria do ser humano é a pobreza intelectual.

Um homem que não reflete o que pensa é condenado a uma vida limitada de nutrientes básicos para sua existência: a liberdade de ação, a liberdade de realização e a liberdade de ser diante de tudo o que cria. 


M.M.
 


E TODO O MEU SILÊNCIO POÉTICO FALA DE MEU GRITO...

M.M.


UM DIA vou publicar tudo isso que tenho escrito em pedaços soltos. Tudo o que tenho assistido.
Ah, ninguém queira saber o que sai das pontas dos dedos de um poeta.
Ah, ninguém ouse entender os sentidos. Como se processa a recepção dos sentimentos captados por nós.
Somos alquimistas. Somos médiuns. Somos os que no passado teriam sido lançados nas altas labaredas do sagrado fogo da purificação porque toda nossa glória é o lodo, é a podridão em evidência.
Minhas garrafinhas já foram lançadas p
ara cada pedacinho de mar, desse mar de vida que luta para respirar o ar menos denso, menos sufocante, menos escravizante da realidade desses tempos de lutas ilógicas dentro de um mesmo cenário onde pareciam todos unidos pelo mesmo fim, pelo mesmo ideal.
Se atearem fogo em mim, creiam todos, minhas letras falarão elas por si mesmas e tomarão forma e serão performance em pessoa desdobrando todo o bolor que enquanto vida eu jamais poderia em mim armazenar.

Garanhuns, 14 de agosto de 2015.

M.M.



Não há nada, absolutamente nada, mais atraente do que uma mulher inteligente.

M.M.


Minhas pretensões vão muito além de mim.


M.M.


Se você não se impõe e se expõe, as politicagens lhe excluem.

M.M.

Um educador será sempre um educador. Não há como fugir desse princípio.
O tecnicismo não pode ignorar  esse fato, muito menos suplantar esse preceito.
A educação não será educadora sem esta base.

M.M.


Desejo uma quietude que não me mortifique. Que não me roube de mim.

M.M.



UM TRABALHO BEM FEITO EXIGE MERGULHO, PESQUISA, ENVOLVIMENTO, ÂNIMO, UMA MENTE RELAXADA, UMA MENTE AGITADA, MÃOS, CORPOS INTEIROS, CORPOREIDADE.



UM TRABALHO TRABALHO, UM TRABALHO LAZER, TRABALHO PRAZEROSO, UM TRABALHO REMÉDIO, TRABALHO EDIFICANTE, TRABALHO DIGNIFICANTE, É O TRABALHO EM QUE MESMO COM ADVERSIDADES, OBSTÁCULOS, PEDRAS, DESAFIOS, AINDA ASSIM É O MELHOR TRABALHO, É A MELHOR OPÇÃO, O MELHOR ALIMENTO.

O TRABALHO QUE DESENVOLVO É ASSIM, FAZENDO ELE ACONTECER SOU EU, SOU PROFESSORA, EDUCADORA E ARTISTA E NÃO ME ESCONDO DE QUEM SOU. 
 
M.M.



A POESIA ME PROTEGE. É MINHA ORAÇÃO. É MEU DEUS VIVA.

M.M.


O corpo é minha mídia. A alma é a energia para meu corpo existir.

M.M.



Quem passa sem a poesia, não passa bem por esta vi(d)a.

M.M.



Há coisas que só a poesia dá conta.

M. M.



Abro mão de amores. Dou espaço para a poesia...

M. M.



Não ponha música onde não pode existir amor...

( faça a seco )

 M. M.




Mote dado, texto parido. E assim eu tenho escrito!

M.M.



Até o meu ócio é ativista.

M.M.



A calmaria me agonia. Eu gosto é de ventania!

M.M.


Depois que tive a liberdade de um todo, sinto-me nela aprisionada.

M.M.



Até mesmo os amores livres cansam-se de tanta liberdade...

M.M.



Que o "Deus" que muitos pregam lhes proteja de tanta iniquidade.

M.M.

 
Há inúmeras formas de se promover a paz, nenhuma delas é o SILÊNCIO. O silêncio é a omissão das forças estagnadas que deveriam agir em direção ao respeito, à conquista de um espaço, de um lugar de pertencimento. O silêncio também é a presença das forças que detém o poder e se ausentam da mediação dos conflitos para manutenção daquilo que já possui.

M.M.



O que acontece no Recife é apenas uma pequena mostra do que atingirá as cidades desenvolvidas de nosso estado, região e país.

Não existirão mais vilas, comunidades, lugarejos...


A TERRA SERÁ USURPADA DE QUEM DELA CUIDOU

NOS EXILARÃO PARA OUTRO PLANETA!!!


M. M.

( Sobre a desocupação do Cais José Estelita, no Recife, e a retirada dos ativistas do Movimento Ocupe Estelita  de forma truculenta pela Polícia Militar.  17/6/14)



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Não tem água sanitária que dê jeito quando se trata de limpar da alma a miséria humana.

M.M.




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