quinta-feira, agosto 01, 2013

O PESO DO SIM

 

(...)Eu nunca soube dizer não para a tua presença, tua ausência, tua partida, breve estada. SIM era tudo que eu tinha a te oferecer. SIM SIM SIM VENHA! VÁ E VOLTE SEMPRE QUE QUISER. BOA SORTE! FIQUE COM DEUS. (silenciosamente:  “não te esqueças de mim”). SIM, a palavra que me constrange. Que me aprisionou a este estado caótico de amor unilateral. SIMMMMM ! Sim? Para mim, eternamente duvidosa de teu valor literal dito por ti.
SIM, eu fui condescendente demais. Talvez porque em ti tenha percebido a vida que tanto me encanta (e amedronta ferozmente), em recôndito por trás de tuas nervuras. Intuição que não renego e peco por enaltecê-la demasiadamente. Quem me dera, no passado, tivesse a ela me entregue, renunciando a razão deste mundo matemático que nos exige cálculos infindos tornando-nos dízimas, seres compartimentados(fragmentados) para o abandono ao cuidado de nossa alma.
SIM SIM ESTÁ CERTO OK EU ADMITO EU SOMENTE EU SOU RESPONSÁVEL POR ESTA CONTA ESTA DEBILIDADE INEFICIÊNCIA FALHA IMPERFEIÇÃO ESTE É UM PROBLEMA SÓ MEU ONDE 1 e 1 é sempre igual a 1, onde não houve soma e a distribuição de resultados não gerou lucro. SIM, voltei aos números e conto o tempo. A ansiedade me consome. Relógios e calendários estão espalhados pela minha casa, nos acessórios, nos utilitários. A tela do computador sinaliza o SIM SIM SIM SIM da mudança dos segundos. Eu mudo a configuração do relógio que cronometra as horas do meu tempo. NÃO quero mais correr. NÃO me submeto mais a isso. NÃO aceito esse tempo a que dei tanto SIM.
NÃO. Minha chave. NÃO VÁ E SINALIZE RETORNO. NÃO AVISE ANTES A TUA CHEGADA. NÃO VOLTE SEMPRE, FIQUE! NÃO QUERO MAIS VIVER DE LEMBRANÇAS. EU QUERO O PRESENTE.
E nenhuma resposta será dada. Sem consentimento. Sem reprovação.
O silêncio entre o sim e o não me parece a melhor resposta.
 
 Em 17 DE MAIO DE 2013

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