terça-feira, setembro 08, 2015

BOAS NOVAS

Eu ao vento. Ao fundo a cria voando.  Cumbuco - CE.


Carrego boas novas. É uma semente, germinal, miudinha.  Como toda gestação, me reernegiza, na vida em mim desabrochando, os planos de futuro.

A juventude da alma me toma. Com a maturidade traço metas, desenho e redesenho o intento. Invento. E a mocidade que existe nisso de novo que habita em mim me impulsiona, me move. Já não estou eu aqui.

Invisto-me de coragem para me presentear do mundo que quer me abraçar e me amar e me sentir. Para os ganhos que busco é deste modo que posso evoluir. Um desenvolvimento que rompe o invólucro tecido invisível que me protege, me esquenta e me diz: “fique. Aqui é mais seguro”. Mas tenho sede disso de reviver. Renascer. Distender. Dilatando-me e escorrendo para o mar. Eu, indecorosamente inteira.

As boas novas que trago é o que já não pesa em mim. É o sonho que deposito para qualquer alguém que queira esta vontade que um dia foi minha, que provei e me abstenho. Rumo ao meu exercício de ser livre.
 

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