quinta-feira, dezembro 24, 2015

O SILÊNCIO DA POESIA



A poesia repousa no silêncio
Germina na angústia
E na balbúrdia dos sentidos
Brota do corpo-terra e ainda olho-d'água
Fortalece-se na fome das misérias gritantes
Embeleza-se com a nobreza  das coisas 
Que ignora vaidades

A poesia não ocupa salas
Auditórios
Academias
É terra devoluta, usucapiada
Preenche almas
Empodera-as 
Sem intenção
Por si só esclarece
Porque é de todo 
Verdade e Essência

A poesia genuína não se corrompe
Não se vende
Resiste a qualquer forma de escravidão
Chamam-lhe poema, literatura
Inventam nomes
Entretanto, como Deus, 
Ela reside nos detalhes.



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