sábado, maio 10, 2014

RECIFE DO MEU SAGRADO FEMININO

imagem capturada do site http://www.ormuzd.com.br/
 
 
Tradição de outros tempos, aqui em casa, quando nascemos, procuramos um rio para deitar nosso sangue, e parir nossos rebentos, abençoando com água (esse forte elemento), a trajetória de nossa missão.
Nasci eu, sem saber-se disso minha mãe. Nasceu minha filha, com todo meu intento e devoção a essa ritualização, tendo o mesmo rio aos nossos pés, o Capibaribe de Recife.
E suas veias e artérias de cidade grande, pulsante, alimentada por esse rio-sangue, energia e vida, correm em mim, como acelerados são os passos de quem vive na cidade. E assim são as   retumbâncias de meu coração quando revisito em pensamento e em presença física a minha cidade, a minha grande mãe cidade.
Apesar de amar tanto este chão, cá estou não testemunhando teus lamentos, minha mãe, mas falo de ti e te exalto distante, assim não menos tua filha por estar longe, tu sabes. E como filha, sou agradecida por ter a poesia para ti escrita - no embevecimento de nossa relação - publicada em documento que fala das coisas tuas, com arte, na Agenda Cultural da  cidade de Recife.
E toda essa força tua, que se mistura, que não se confunde, e que também é minha, mãezinha minha, fala disso de sermos de um sagrado que não é produto, que não é consumo, que é essência e é divido.  Recife de minha consciência e sentimento dedicado ao Sagrado Feminino.
 


 
Agradeço a publicação do poema na seção POESIA VIVA DO RECIFE, organizada pelo escritor  Juareiz Correya, e pela lindíssima homenagem a Minha Cidade Mãe - Recife,  na redação do editor Manoel Constantino.


 
A distribuição da Agenda Cultural, que tem tiragem de 15.000 exemplares, é gratuita e feita nos postos turísticos e aparelhos de cultura da cidade de Recife.
  

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