imagem capturada do site http://www.ormuzd.com.br/
Tradição de outros tempos, aqui
em casa, quando nascemos, procuramos um rio para deitar nosso sangue, e parir
nossos rebentos, abençoando com água (esse forte elemento), a trajetória de nossa
missão.
Nasci eu, sem saber-se disso minha mãe. Nasceu minha filha,
com todo meu intento e devoção a essa ritualização, tendo o mesmo rio aos
nossos pés, o Capibaribe de Recife.
E suas veias e artérias de cidade
grande, pulsante, alimentada por esse rio-sangue, energia e vida, correm em
mim, como acelerados são os passos de quem vive na cidade. E assim são as retumbâncias
de meu coração quando revisito em pensamento e em presença física a minha
cidade, a minha grande mãe cidade.
Apesar de amar tanto este chão,
cá estou não testemunhando teus lamentos, minha mãe, mas falo de ti e te exalto distante, assim não menos tua filha por estar longe, tu sabes. E como filha, sou agradecida
por ter a poesia para ti escrita - no embevecimento de nossa relação - publicada em
documento que fala das coisas tuas, com arte, na Agenda Cultural da cidade de Recife.
E toda essa força tua, que se
mistura, que não se confunde, e que também é minha, mãezinha minha, fala disso
de sermos de um sagrado que não é produto, que não é consumo, que é essência e é
divido. Recife de minha consciência e
sentimento dedicado ao Sagrado Feminino.
Agradeço a publicação do poema na seção POESIA VIVA DO RECIFE, organizada pelo escritor Juareiz Correya, e pela lindíssima homenagem a Minha Cidade Mãe - Recife, na redação do editor Manoel Constantino.
A distribuição da Agenda Cultural, que tem tiragem de 15.000 exemplares, é gratuita e feita nos postos turísticos e aparelhos de cultura da cidade de Recife.
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