quarta-feira, abril 23, 2014

PRATICANDO A FÉ




Na volta para casa, não havia o pôr do sol. Eu tinha ido ali para pisar com os pés descalços o chão, mas não o fiz. Nem meditei. Nem contemplei o horizonte. Joguei a bolsa dentro do carro, tirando o peso dos ombros e entrei, sem muita vontade de nada. Ontem, uma linda borboleta amarela me abria os caminhos enquanto eu andava. Cheguei a sorrir, não entendi a sua companhia.

Hoje não. Foi epifânico. Engatei a marcha-ré do carro na rua irregular de barro e de pedras, e na manobra de volta, em direção a minha casa, aproximou-se do para-brisa do automóvel, acompanhando o percurso, uma libélula. Voou lado a lado do vidro, orientou o sentido, movendo-se para a sua direita. “Olhava-me nos olhos”. Isso durou cerca de dois a três minutos. Impressionada eu não conseguia reagir, continuava a guiar e sabia que aquilo estava a me dizer algo. Como se não bastassem todas as revelações do dia.

O voo da libélula representa o sopro da mente, e seu olhar de 360 graus diz da visão da mente de enxergar além das limitações do nosso ego. É o olhar que se dilata alargando-se para a terceira visão que nos interliga às dimensões e seres superiores.

Quando ela se afastou e sumiu no ar, agradeci ao universo pela súbita manifestação, reafirmei a crença nos meus guias e trouxe a minha essência para a superfície, como deve ser.


Especialmente pra tu,  Mika Costa, amor lindo, amiga-irmã, florzinha, passarinha !
 

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