"As mãos que dizem adeus são pássaros que vão morrendo lentamente"
Mário Quintana
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Em dor a me parir
Em abandono
O nó
A rouquidão
A aspereza penetrando
Agora estou de novo
Eu forte e fonte
Lágrimas jorrando e peito secando
Do que guardei pra ti
Eu, nada mais além de mim
A que não vês
Que de ti não irá se despedir
Nem se despir em alma
Tua tantas vezes tão entregue
Agora estou eu
Toda-dor
Eu que saberia um dia vir, ver
Que já não pode se guardar
Para o depois cansado de se adiar
Sou eu para mim isto
Mão solitária adormecendo
Esperando um tempo
Em que desperta estenderá aceno
Para que outras mãos me encontrem
Mãos que não neguem me tocar.
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