É inútil
sofrer
constatando
o frágil amor
existido
entre nós
das horas
entregues nas pontas dos dedos
em
prolongadas conversas e poemas
do
sentimento tido de irmandade
tão frágil
foi o seu amor – se foi
embora
eu ainda o
ame do jeito meu
quem sou eu para
intervir
no direito
seu de amar
onde queres se
jogar
do direito
do outro de se dar
a cara, o
corpo, a alma
ao toque,
sim! à tapa
dar-se a
chance ao amor?
quem sou eu para cobrar
a visita a
este lar
que antes
mesmo de pisar
você sem
saber entrou?
vem sem me
avisar, sem remeter
nem um
verso, um recado sequer
e eu fecho
os olhos
em oração
desejo
que a poesia
te proteja
porque sem
este cordão
entre o
divino e o profano
sua vinda é
algo insano
não tem nada
de sagrado
lastimando,
sei, és usado
e eu em
nada, nada me engano
nisso de
tudo sentir
que seu amor
foi frágil
(ou fraco?) e
muito intencionado
em me cativar,
assim tão poeta
tão amável
para no
vácuo sumir.
De algo comum no mundo das artes...
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Contribuições