DESSE AMOR
Preciso confessar: desde que
VOLTEI para casa, que DECIDI ficar, por razões várias e únicas, ME INTEGREI à
poesia. Não que ela estivesse apartada de mim, pois está cá dentro, candente; mas
inexplicavelmente, ou talvez pela proximidade com o céu nesses pedaços de
colinas, nesse contato direto com a natureza, com o agreste que me invadiu, me
fez toda fértil, numa conjunção espiritual ininterrupta, a Poesia magicamente me
restaurou, e AQUI, novamente, tenho a impressão que daqui nunca me ausentei e SEMPRE
ESTIVE...
GARANHUNS me seduziu, por tudo
que aqui abriga. Os amores-amigos, amores-paixões, amores possíveis, os
movimentos, o clima, a UTOPIA – indispensável a minha vida de poeta, sim –
voltei, inteira para ti, que nunca me abandonou. Voltei, MEU AMOR, construído
na crença de uma vida apaziguada com a inquietude de minha alma, agora com
raízes nessa TERRA, FIRME, onde finquei meus livros, meus discos, e de onde não
quero me afastar, a não ser para voos breves, pois meu NINHO QUENTE me espera
para minhas crias cuidar.
ESTOU AQUI entregue, PARA TI,
toda EM POESIA, flor, TODA TUA, mergulhada EM tua nascente. És o lugar, a
cidade, onde soberano portal se abre, e TUAS ÁGUAS escoam vida a caminho da
vida. O cume certo para EU-AVE, que alço voos, já LIBERTADA por ti.
O vento dessas bandas é frio sim, mas acalenta, às vezes pode até refrescar o calor interior de quem tem tanta força, tanta energia como você passarinha!
ResponderExcluirVoa poeta. Abraços e sucesso!
ResponderExcluirNatanael Jr