sábado, abril 06, 2013

7 ANOS, MÃE E FILHA, LAÇO ETERNO

 
JÚLIA BEATRIZ
 
CHEIA DE JUVENTUDE E QUE NOS TRAZ FELICIDADE
 
Em Julho de 2005 tornei-me mãe, sem parir.  Dois meses depois tive a certeza de que era exatamente isso o que continuaria sendo, e decidi assumir o maior risco e felicidade de minha vida: gerar minha cria. ( quem sabe de minha história entende a dimensão do porquê da palavra risco ) Apenas com 7 meses de gestação soube que esperava uma menina. E em 7 de abril de 2006, à beira de um rio, o rio Capibaribe, tive Júlia Beatriz. Não foi de cócoras. Não foi de parto natural – apesar de sentir todas as dores, até ser cortada. Porém, foi como desejei, conforme a vontade do universo.

Há sete anos, em 7 de abril, nasceu minha filha, e nasci para o mundo mãe. Não sei se nasci ou renasci tornando-me gente-bicho, mais próxima ao sentido mais nato de se ser, sentindo mais a natureza da vida, vestindo uma pele de mãe-fera, mãe-leoa, menos humana, mais instintiva, intuitiva. Um sentimento que jamais julguei existir, nem sequer dele me aproximar.
O tempo passou tão rápido. Minha filha já lê. Já escreve. Argumenta com excelência. Já já estará me ensinando outras coisas que de tão pequeninas são grandiosamente lindas e profundas, como tem sido. Também me dirá o quanto estarei ultrapassada. rs. E eu paro e penso sobre esses 7 de minha vida. Eu antes de Júlia. Eu e o mar. Eu e a mata. Eu e o Cabo de Santo Agostinho. Eu e Jú. Eu, Jú e nossa família. Eu, Jú e nossos amigos. Eu, Jú e a poesia. Eu, Jú e o teatro. Eu, Jú e a música. Eu, Jú e as cores, todas elas, e pelos tons de Myrna, irmã amada. Eu, Jú e o Agreste Meridional – Garanhuns. Minha saída e minha volta por Júlia a tantos lugares.  Nós e o Recife, a nossa cidade.
Confundem-se os sentimentos, as saudades, os cheiros. Nós duas e nossos amores. O mar e a areia vermelha agreste.  As cores e os sons. Júlia, minha filha, quem tem me indicado caminhos, desde sua chegada. 
Sou tão inteira neste pedaço solto de mim, tão ela, que cresce e me revigora somente ao sorrir, a cantar. Ao perceber o mundo com olhar infantil e crítico.
Júlia Beatriz, que me fez sua mãe, que me fez reavaliar meu papel de mulher, que me deu forças para lutar pela nossa liberdade com dignidade. Você aniversaria e eu ganho o presente, sempre, dia após dia, com a sua presença em minha vida.
Nada a temer. Tanto a celebrar.
Júlia, 7 anos de vida, muita vida, entre laços de amor. Nasço novamente pra ti, renovando-me  mãe em seu aniversário, todos eles, o de hoje, o de amanhã, o de depois de amanhã...
Amamos você, JUJU !!!

 


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