quinta-feira, janeiro 10, 2013

FLOR AGALOPADA



Como pude eu

de ti me despedir

pensando fácil

assim,  te abandonar

 

eu, eu mesma

a que te recebeu com tanto afinco

agora já não mais

a que ontem quis te deixar

 

não sou aquela que em tristeza

e angústia se despedia

pela impossibilidade de ser tua

incondicionalmente amada

 

não, não posso eu negar a mim

o amor que sinto,

que enfraquece, mata

e me torna renovada

 

acende a alma, alivia o calor

e depois de regada

me torna flor

para ti desabrochada

 

aroma de canela

sussurro ardente

olhos brilhantes

coração em disparada...

 
*** 

Pra ti, ao som de Lua Branca, Chiquinha Gonzaga.

Tua flor de canela...


 

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