Um rio vermelho me sai
Traz a boa nova do mês
E sou toda escarlate
Na hora em que me banho
Desce das coxas aos pés
O líquido com fluidez
Comprovando mais uma vez
A liberdade, meu ouro-sangue
E tantas mulheres choram
Por esse ouro vindo
O líquido, denso, sofrido
Com valor diferente do meu
Sangue que anuncia meu desejo
De singrar tanto e por tanto
Ser isso de vida assim leve
Nada em mim carregando.
Belíssimo canto homenageando a feminilidade. A fêmea eclode vermelha todo mês, reverenciando sua condição de majestade. O macho se põe a seus pés para beber a casualidade e se embriagar de vez para receber sua amada.
ResponderExcluirFrederico Spencer (Recife-PE)
POurraaaaaaaaa. Perfeito visse! Lembrei-me do poema de Marina Colassanti, aquele que diz "Eu sempre achei bonito mestruar"
ResponderExcluiradorei teu blog, sequestrei uma imagem daqui, estou seguidora. te acompanho.
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