domingo, julho 08, 2012

SENDO PREENCHIDA


 Pressionada pelo tempo, demandas, urgências impostas do trabalho, da academia, da vida pessoal, da vida literária, dou-me por vencida, jogo a toalha uns minutos, troco umas letras aqui e acolá com amigos, e os mais que merecidos amigos, tendo a noite se tornado uma confraria virtual, com espaços distintos para cada pessoa e interesses, e em um desses espaços encontro a POESIA.

A Poesia hoje falou-me de anjos. Cães. Letras. Sossego. Editais. Publicações. Falou ainda de versificação. Viagem. Estiagem. Retificação de informação. Trabalhos. Revisão. Não, necessariamente, nesta ordem.
Ele, em poesia, me fez companhia atendendo a outras solicitações, além da minha solidão que buscava uma presença na noite fria, próxima a esta colina em que me encontro.  

Eu também falei de mim. Das ausências. Carências. Pendências. Significações. E ganhei um presente, no repente de seus versos em botões. Li e reli seu texto. E desabrochado o poema com cheiro de tudo quanto é fruta me encheu a boca d'água. Espírito infantil de criança ao som da tuba.  

Taí, a minha rima no meio de minhas linhas. O espaço está sempre aberto para conversa, verso e poesia. 
O Sábado foi desse moço que por aqui ontem reinou. Agradeço em público o poema com que me presenteou.


MÁRCIA MARACAJÁ

É de fauna e de flora,

palavra sem fastio,
se faminta, deflora
tudo que for de cio.

Maracajá, cajá,

maracatu, caju,
jaca, maracujá,
jacarandá, tatu.

É fera que se aflora,

palavra que anuncio
e marcha mundo à fora:
Pernambuco, Brasil.

(Fred Caju)
 

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