terça-feira, maio 01, 2012

ABSINTO

Pedro Rodrigues

























E arrastarás todos os homens
Para tua caverna inundada de
Absinto


Falarás todas as línguas
Embora muda
Ao pronunciar
Palavras


Abrirás teu vão, profundo, nítido e sagrado
Para que as vidas nele sejam esquecidas


Mexerás teu dorso como égua violada
Fazendo o senhor dos mares
Ver estrelas


Descerá pelos teus vales
A chama vermelha
Da paixão

Daquele que não esquece que
Bebeu
De tua taça avermelhada

Ah! Absinto! Mulher vestida de pele, entre lábios
Doces e molhados
Repousarei minha
Alma!

Um comentário:

  1. Palavra

    A Palavra que eu queria lhe dar
    Hoje
    Voou...
    Virou borboleta
    E agora?
    Será que volta?

    Lílian Ferreira

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