Foto: Paulo Cezar
Ligo a TV depois de uma noite intensa e uma produção compulsiva. O noticiário cobre a enxurrada, a tragédia, as mortes, o impensado. A previsível resposta da natureza.
A noite anterior fica longe, perde destaque em meus pensamentos. Não me permito pensar na alegria, no entusiasmo, no que me pegou de cheio e me sacudiu a vida. Acordo agora sacudida por outros sentimentos.
Não há quem culpar. Não há quem responsabilizar pelo ocorrido. Só existe o espanto. A perplexidade. A realista pergunta: por que não aconteceria isso?
A mãe terra chora. Transborda o mundo com sua dor. Pede atenção. Causa horror. Embrutecida, derruba postes, carrega carros, encobre casas, mata os homens. E os homens vivos decretam estado de calamidade pública.
É verdade que muita coisa nao dá pra evitar.
ResponderExcluirMas muitas medidas de prevenção, como a remoção de famílias das áreas de risco e reflorestamento de áreas desmatadas, poderiam ser tomadas.
A renda gasta depois do caos eh 14 vezes maior do que se gastaria com essas medidas. Sem falar nas vidas que se perdem... dano irrecuperável!
Botar a culpa em quem?
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