sexta-feira, junho 18, 2010

Apagam-se as luzes da ribalta


Faz bem pouco tempo apaixonei-me por ele, através do olhar e da voz de uma Mestra em Literatura, sem título conferido por academias. Ela dizia dele como um Deus, criador, todo poderoso, sábio e ainda mais que isso, um professor levando à reflexão seus leitores, leitores em busca de questionamentos, de burilações, de alimento intelectual e humano.
A Mestra citava seus textos, representava-os, ria, tomava fôlego e me apresentava aquele homem, aquele ourives, aquele arqueólogo da mente humana, o garimpeiro da arte de dizer e como dizer, sem imitações, sem vaidades.
Corri para adquirir suas obras. Um conto ela própria me emprestou, havia recomendado aos seus alunos. Os livros os comprei. Depois veio o filme. A análise feminista dela sobre O Ensaio...
Adriana me ensinou a amar Saramago. Mas apaixonei-me. Na verdade não sei se por ele ou pela forma como ela dele me falou. Na certa foram as duas coisas.
Hoje Adriana está ao lado dos seus, e Saramago entre eles.

Adeus, Saramago! Aos seus!

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